Uma experiência Cliníca[1]
Por Cleiton Renato Rezende
(Graduado no curso de Psicologia pelo Centro Universitário Newton Paiva)
Os Estágios Supervisionados VI e VII – Psicoterapia Existencial Individual e de Grupos – foram realizados na Clínica de Psicologia do Centro Universitário Newton Paiva, aos sábados, e aconteceram no segundo semestre de 2007 e no primeiro semestre de 2008. Os estágios consistiam de atendimentos individuais, realizados somente com adolescentes e supervisionados pela professora Raquel Neto Alves.
Antes de descrever algumas das queixas apresentadas nas sessões e as intervenções feitas, será explicitado, primeiramente, de forma bastante sintética, a teoria do filósofo francês Jean-Paul Sartre a respeito do sujeito do conhecimento.
Sartre escreveu em 1943 o livro intitulado “O ser e o nada” e, a característica mais original de sua obra é a preocupação de expressar uma reflexão, metódica e sistemática, sobre a angústia da responsabilidade de cada indivíduo na construção de si mesmo como ser humano. Sartre entende a liberdade de opção de cada ser como “único” fundamento dos valores humanos, ou seja, o homem sempre é livre, “ele está condenado à liberdade”.
Além de Sartre (1997), este artigo foi escrito e fundamentado recorrendo-se a autores como Feijoo (2000), Augras (2004) e Erthal (2004).
No existencialismo sartreano, o homem, como ser pensante, compreende o caráter absurdo da existência, porque entende racionalmente que a vida é carente de sentido.
A realidade - entenda-se o nascer, viver e morrer - para Sartre é desprovida de razão de ser, é absurda. A realidade do mundo reduz-se pura e simplesmente num estar-aí gratuito, absurdo e sem sentido. Entretanto o homem dificilmente consegue conviver com a simples constatação desse absurdo, da constatação de que ele é “coisa” entre as outras coisas. Então, ele sai em busca de algo que lhe permita deixar de ser apenas coisa, elemento, para ser projeto, ou seja, ele transforma a si mesmo em Ser-para-si.
Conforme Rohmann,
o mundo das coisas (o en-soi, ou ‘em si’), ao contrário, pode ser inerte e contingente, mas também é auto-suficiente e completo, cada objeto contendo sua própria essência. Nossas interações com o mundo exterior – possuir, usar, consumir ou controlá-lo – e nossas relações semelhantes com outras pessoas são tentativas de captar o ‘em si’, descobrir uma essência e se completar. Contudo, o em si pode tornar-se uma influência excessiva; alguém absorto no mundo, evitando responsabilidade pessoal e opções ativas, é como um objeto, inconsciente e impotente, vivendo na má-fé. (ROHMANN, 2000. p. 359),
Para Sartre (1997), a consciência humana - o pour-soi ou para si - é inquieta, ativa e aberta à experiência, mas sem conteúdo específico. O ser humano procura esforçar-se na busca de projetos que o definam como Ser-para-si.
Objetivamente, podemos afirmar que no existencialismo sartreano o homem nasce como Ser-em-si e, ao longo da vida, constrói sua consciência, ou seja, o homem só se torna humano quando consegue construir-se e se transformar em Ser-para-si.
De acordo com Sartre (1997), o homem nasce como um “nada”, ele é um Ser-em-si e busca, ao longo de toda sua existência, fundamental e principalmente nas situações-limite, construir-se como Ser-para-si.
O homem apresenta-se como uma escolha a fazer. Antes de qualquer coisa ele é a sua existência no momento presente, e esta fora do determinismo natural; o homem não se define previamente a si próprio, mas em função de seu presente individual. Não há uma natureza humana que se lhe anteponha, mas é lhe dada uma existência especifica num dado momento. (SARTRE, 1997, p. 25)
Nas sessões realizadas com os adolescentes, que tinham idades compreendidas entre 13 e 16 anos, emergiram questões quanto ao uso de drogas lícitas e ilícitas, problemas escolares, atribulações na família e distúrbios relacionados à auto-imagem. Mas a incapacidade de refletir sobre as vivências e de verbalizá-las melhor pode ser constatado. A falta de perspectivas em relação ao futuro ficou comprovada em uma adolescente, usuária de cocaína, que, por duas vezes, compareceu aos atendimentos privada de uma noite de sono, e que, após ser questionada sobre o caminho a percorrer e seus projetos de vida, esta apenas respondeu: Estou indo!
Conforme Erthal (2004), na consciência irreflexiva, há consciência, mas não há conhecimento dessa percepção. Para que haja conhecimento, tem que haver reflexão. Assim, o indivíduo pode estar consciente, embora ainda não conheça de fato a sua experiência.
O vazio existencial é um fato marcante nos adolescentes atendidos e, sinalizar para os jovens a necessidade de buscar o seu processo individual de construção do seu Ser-para-si foi um dos objetivos nas práticas psicoterapêuticas.
O vazio existencial, que está ligado ao sentimento de falta de sentido da vida, cresce no mundo atual justamente na medida em que os jovens sentem-se distanciados de suas vivências mais espontâneas e são bombardeados com um número permanente de exigências. Sendo assim, deslocam as suas atuações de uma preocupação mais significativa para preocupações mais supérfluas, mais hedonistas.
Conforme Sartre (1997), a liberdade é essencialmente humana e só possui significado na ação, na capacidade do homem impor modificações no mundo real. Assim, por ser livre, o homem é conseqüentemente responsável por tudo o que escolhe e faz.
Já em outro atendimento, para um jovem de 13 anos e que pesava 80 quilos, foram necessários vários encontros para que fosse possível buscar o sentido que ele tinha do vivido, ou seja, o significado, e, para conduzir esse cliente a sua interioridade, foram utilizadas técnicas envolvendo desenhos e atividades de expressões artística e corporal ao ar livre.
De acordo com Feijoo (2000), quando o vínculo é estabelecido, o psicoterapeuta já pode arriscar mais no processo de autodescoberta de seu cliente. É o momento de manter a angústia, para que o outro possa vislumbrar suas possibilidades.
Em outra circunstância, um jovem adotivo buscava compreender o porquê de seu desinteresse escolar e, para isso, foram realizadas aproximadamente dez sessões. Durante o período dos estágios VI e VII, em nenhuma sessão, a presença dos pais fora requisitada, mas, neste atendimento em particular, constatou-se a importância do comparecimento deles para a obtenção de mais informações a respeito da dinâmica familiar. Entretanto, o cliente pediu o término da psicoterapia antes que fosse possível realizar este encontro.
Para Augras (2004), é por meio somente da fala que será trazido o brilho de suas vivências: a sua história (o tempo), o seu corpo (o espaço), a sua estranheza (o outro), o seu fazer-se (a obra).
Ainda conforme Augras (2004, p.20), o conflito não deve ser entendido aqui como algo ruim, indesejável e, portanto, inútil e nocivo. Expressa, antes, a luta necessária entre tendências contrárias, que, sucessivamente opostas e sintetizadas, compõem o próprio processo da vida.
Segundo Erthal (1995),
“ao se definir psicoterapia, já se emprega um conjunto de palavras para alcançar esse objetivo. É através da linguagem que existe o compromisso na relação terapêutica. É, na verdade, o instrumento terapêutico básico. As palavras, se não são vazias, têm como função trazer à presença dos que a escutam o que falam. O cliente fala. O terapeuta segue o fio de sua fala. Confia e segue o discurso do outro. Existe uma co-participação na teia que as palavras vão tecendo” (ERTHAL,1995, p.77).
Sartre (1997) afirma que o tempo real é imediato, já que é negado no concreto para ser reconstruído psiquicamente, ou seja, ele afirma que nem o tempo real nem o espaço real oferecem ao homem nenhum sentido. Esse sentido é constituído na consciência do sujeito para exercer sua liberdade.
Nos depoimentos dos adolescentes, foi possível verificar, com clareza verbalizada ou não, que, ao se depararem consigo mesmos, eles encontram o vazio, o absurdo, a falta de sentido. Entendemos que, por meio da teoria sartreana, o jovem, no contato com a sua fragilidade existencial, temia enxergar o que estava dentro de si. Apesar disso, Sartre enfatiza que é em cada um que se encontra a referência necessária para as escolhas e atitudes diante da vida. Enfim, ao longo dos tempos, as experiências registradas nos processos psicoterápicos, desde situações mais simples às mais complicadas, têm demonstrado que a fala possui indiscutível poder para remover obstáculos de qualquer natureza, sejam eles de ordem psicológica, religiosa, existencial etc. Para isso, o psicoterapeuta deve compreender adequadamente o sentido correto da comunicação do cliente, considerando o contexto, a relação das partes envolvidas e as formas de expressão (verbal ou não-verbal).
REFERÊNCIAS
AUGRAS, Monique. O Ser da Compreensão: Fenomenologia da Situação de Psicodiagnóstico. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
ERTHAL, Tereza Cristina Saldanha. Treinamento em Psicoterapia Vivencial. Campinas: Livro Pleno, 2004.
FEIJOO, Ana Maria Lopez Calvo de. A Escuta e a Fala em Psicoterapia. Uma Proposta Fenomenológico-Existencial. São Paulo: Vetor, 2000.
ROHMANN, Chris. O livro das idéias: um dicionário de teorias, conceitos, crenças e pensadores, que formam nossa visão de mundo. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.
SARTE, Jean-Paul. O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica. 4. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
Os Estágios Supervisionados VI e VII – Psicoterapia Existencial Individual e de Grupos – foram realizados na Clínica de Psicologia do Centro Universitário Newton Paiva, aos sábados, e aconteceram no segundo semestre de 2007 e no primeiro semestre de 2008. Os estágios consistiam de atendimentos individuais, realizados somente com adolescentes e supervisionados pela professora Raquel Neto Alves.
Antes de descrever algumas das queixas apresentadas nas sessões e as intervenções feitas, será explicitado, primeiramente, de forma bastante sintética, a teoria do filósofo francês Jean-Paul Sartre a respeito do sujeito do conhecimento.
Sartre escreveu em 1943 o livro intitulado “O ser e o nada” e, a característica mais original de sua obra é a preocupação de expressar uma reflexão, metódica e sistemática, sobre a angústia da responsabilidade de cada indivíduo na construção de si mesmo como ser humano. Sartre entende a liberdade de opção de cada ser como “único” fundamento dos valores humanos, ou seja, o homem sempre é livre, “ele está condenado à liberdade”.
Além de Sartre (1997), este artigo foi escrito e fundamentado recorrendo-se a autores como Feijoo (2000), Augras (2004) e Erthal (2004).
No existencialismo sartreano, o homem, como ser pensante, compreende o caráter absurdo da existência, porque entende racionalmente que a vida é carente de sentido.
A realidade - entenda-se o nascer, viver e morrer - para Sartre é desprovida de razão de ser, é absurda. A realidade do mundo reduz-se pura e simplesmente num estar-aí gratuito, absurdo e sem sentido. Entretanto o homem dificilmente consegue conviver com a simples constatação desse absurdo, da constatação de que ele é “coisa” entre as outras coisas. Então, ele sai em busca de algo que lhe permita deixar de ser apenas coisa, elemento, para ser projeto, ou seja, ele transforma a si mesmo em Ser-para-si.
Conforme Rohmann,
o mundo das coisas (o en-soi, ou ‘em si’), ao contrário, pode ser inerte e contingente, mas também é auto-suficiente e completo, cada objeto contendo sua própria essência. Nossas interações com o mundo exterior – possuir, usar, consumir ou controlá-lo – e nossas relações semelhantes com outras pessoas são tentativas de captar o ‘em si’, descobrir uma essência e se completar. Contudo, o em si pode tornar-se uma influência excessiva; alguém absorto no mundo, evitando responsabilidade pessoal e opções ativas, é como um objeto, inconsciente e impotente, vivendo na má-fé. (ROHMANN, 2000. p. 359),
Para Sartre (1997), a consciência humana - o pour-soi ou para si - é inquieta, ativa e aberta à experiência, mas sem conteúdo específico. O ser humano procura esforçar-se na busca de projetos que o definam como Ser-para-si.
Objetivamente, podemos afirmar que no existencialismo sartreano o homem nasce como Ser-em-si e, ao longo da vida, constrói sua consciência, ou seja, o homem só se torna humano quando consegue construir-se e se transformar em Ser-para-si.
De acordo com Sartre (1997), o homem nasce como um “nada”, ele é um Ser-em-si e busca, ao longo de toda sua existência, fundamental e principalmente nas situações-limite, construir-se como Ser-para-si.
O homem apresenta-se como uma escolha a fazer. Antes de qualquer coisa ele é a sua existência no momento presente, e esta fora do determinismo natural; o homem não se define previamente a si próprio, mas em função de seu presente individual. Não há uma natureza humana que se lhe anteponha, mas é lhe dada uma existência especifica num dado momento. (SARTRE, 1997, p. 25)
Nas sessões realizadas com os adolescentes, que tinham idades compreendidas entre 13 e 16 anos, emergiram questões quanto ao uso de drogas lícitas e ilícitas, problemas escolares, atribulações na família e distúrbios relacionados à auto-imagem. Mas a incapacidade de refletir sobre as vivências e de verbalizá-las melhor pode ser constatado. A falta de perspectivas em relação ao futuro ficou comprovada em uma adolescente, usuária de cocaína, que, por duas vezes, compareceu aos atendimentos privada de uma noite de sono, e que, após ser questionada sobre o caminho a percorrer e seus projetos de vida, esta apenas respondeu: Estou indo!
Conforme Erthal (2004), na consciência irreflexiva, há consciência, mas não há conhecimento dessa percepção. Para que haja conhecimento, tem que haver reflexão. Assim, o indivíduo pode estar consciente, embora ainda não conheça de fato a sua experiência.
O vazio existencial é um fato marcante nos adolescentes atendidos e, sinalizar para os jovens a necessidade de buscar o seu processo individual de construção do seu Ser-para-si foi um dos objetivos nas práticas psicoterapêuticas.
O vazio existencial, que está ligado ao sentimento de falta de sentido da vida, cresce no mundo atual justamente na medida em que os jovens sentem-se distanciados de suas vivências mais espontâneas e são bombardeados com um número permanente de exigências. Sendo assim, deslocam as suas atuações de uma preocupação mais significativa para preocupações mais supérfluas, mais hedonistas.
Conforme Sartre (1997), a liberdade é essencialmente humana e só possui significado na ação, na capacidade do homem impor modificações no mundo real. Assim, por ser livre, o homem é conseqüentemente responsável por tudo o que escolhe e faz.
Já em outro atendimento, para um jovem de 13 anos e que pesava 80 quilos, foram necessários vários encontros para que fosse possível buscar o sentido que ele tinha do vivido, ou seja, o significado, e, para conduzir esse cliente a sua interioridade, foram utilizadas técnicas envolvendo desenhos e atividades de expressões artística e corporal ao ar livre.
De acordo com Feijoo (2000), quando o vínculo é estabelecido, o psicoterapeuta já pode arriscar mais no processo de autodescoberta de seu cliente. É o momento de manter a angústia, para que o outro possa vislumbrar suas possibilidades.
Em outra circunstância, um jovem adotivo buscava compreender o porquê de seu desinteresse escolar e, para isso, foram realizadas aproximadamente dez sessões. Durante o período dos estágios VI e VII, em nenhuma sessão, a presença dos pais fora requisitada, mas, neste atendimento em particular, constatou-se a importância do comparecimento deles para a obtenção de mais informações a respeito da dinâmica familiar. Entretanto, o cliente pediu o término da psicoterapia antes que fosse possível realizar este encontro.
Para Augras (2004), é por meio somente da fala que será trazido o brilho de suas vivências: a sua história (o tempo), o seu corpo (o espaço), a sua estranheza (o outro), o seu fazer-se (a obra).
Ainda conforme Augras (2004, p.20), o conflito não deve ser entendido aqui como algo ruim, indesejável e, portanto, inútil e nocivo. Expressa, antes, a luta necessária entre tendências contrárias, que, sucessivamente opostas e sintetizadas, compõem o próprio processo da vida.
Segundo Erthal (1995),
“ao se definir psicoterapia, já se emprega um conjunto de palavras para alcançar esse objetivo. É através da linguagem que existe o compromisso na relação terapêutica. É, na verdade, o instrumento terapêutico básico. As palavras, se não são vazias, têm como função trazer à presença dos que a escutam o que falam. O cliente fala. O terapeuta segue o fio de sua fala. Confia e segue o discurso do outro. Existe uma co-participação na teia que as palavras vão tecendo” (ERTHAL,1995, p.77).
Sartre (1997) afirma que o tempo real é imediato, já que é negado no concreto para ser reconstruído psiquicamente, ou seja, ele afirma que nem o tempo real nem o espaço real oferecem ao homem nenhum sentido. Esse sentido é constituído na consciência do sujeito para exercer sua liberdade.
Nos depoimentos dos adolescentes, foi possível verificar, com clareza verbalizada ou não, que, ao se depararem consigo mesmos, eles encontram o vazio, o absurdo, a falta de sentido. Entendemos que, por meio da teoria sartreana, o jovem, no contato com a sua fragilidade existencial, temia enxergar o que estava dentro de si. Apesar disso, Sartre enfatiza que é em cada um que se encontra a referência necessária para as escolhas e atitudes diante da vida. Enfim, ao longo dos tempos, as experiências registradas nos processos psicoterápicos, desde situações mais simples às mais complicadas, têm demonstrado que a fala possui indiscutível poder para remover obstáculos de qualquer natureza, sejam eles de ordem psicológica, religiosa, existencial etc. Para isso, o psicoterapeuta deve compreender adequadamente o sentido correto da comunicação do cliente, considerando o contexto, a relação das partes envolvidas e as formas de expressão (verbal ou não-verbal).
REFERÊNCIAS
AUGRAS, Monique. O Ser da Compreensão: Fenomenologia da Situação de Psicodiagnóstico. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
ERTHAL, Tereza Cristina Saldanha. Treinamento em Psicoterapia Vivencial. Campinas: Livro Pleno, 2004.
FEIJOO, Ana Maria Lopez Calvo de. A Escuta e a Fala em Psicoterapia. Uma Proposta Fenomenológico-Existencial. São Paulo: Vetor, 2000.
ROHMANN, Chris. O livro das idéias: um dicionário de teorias, conceitos, crenças e pensadores, que formam nossa visão de mundo. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.
SARTE, Jean-Paul. O Ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica. 4. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
[1] Psicoterapia Existencial Fenomenológica – Prof.ª Supervisora: Raquel Neto
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